ERMIDA DA VIRGEN DE OTERO

Escritos do início do século XVII citam a existência da Ermida, anexo da Paróquia de S. Andrés de Alba com 18 vizinhos.

Mais tarde se converteu em templo paroquial de Martín Valero, povo desaparecido na Guerra da Independência devido aos saques e graves destruições que sofreu durante a francesada e especialmente na batalha de Arapiles por ser cenário real da retirada dos soldados, muitos deles enterrados no seu cemitério.

Passou então a fazer parte de Palomares, pedania de Alba de Tormes hoje despovoado. Hoje depende da paróquia de San Pedro de Alba.

A ermida da Virgen de Otero situa-se na parte elevada de uma colina na margem esquerda do Tormes, a 2 quilómetros de Alba de Tormes. Trata-se de um enclave privilegiado do qual se divisam magníficas panorâmicas sobre a vega do Tormes e a vila ducal.

De construção simples e humilde, de ardósia e tijolo, a ermida está rodeada pelo cemitério de Palomares, e na esplanada que se abre ante ela se preparou um merendero. Geralmente se encontra fechada, abrindo-se apenas nas festividades, entre as quais se destaca a romaria da primeira segunda-feira de setembro, bem como para o culto do mês de maio.

Aos domingos do mês de Maio, às 6 da tarde, celebra-se uma eucaristia, ficando o templo pequeno para acolher as dezenas de fiéis que se aproximam do lugar. Nunca faltam os descendentes de Palomares aos que se soma um importante grupo de albenses que sentem verdadeira devoção pela Virgen de Otero. Assim, ao longo do mês, o grupo de mulheres, o de catequese, as integrantes do grupo de Medalha Milagrosa ou os colégios, buscam seu momento para subir em peregrinação ao alto do Otero e honrar a Virgem. 

Celebra-se, desde tempos remotos, uma popular romaria que na tarde da primeira segunda-feira do mês de setembro ascende até sua ermida e que se caracteriza, fundamentalmente, pela melancia que se consome em suas imediações, e as "chaves de Otero", que uma das confeitarias albenses ainda faz.