Ponte medieval

A Ponte Medieval foi construída sobre uma ponte originária da época romana sobre a qual circulava um ramal da Estrada Romana da Prata que ligava Piedrahita à capital salmantina. Alguns estudiosos afirmam que era conhecido como Ponte de San Jerónimo.

O surgimento da ponte sobre o rio Tormes se deve à posição estratégica de Alba na Baixa Idade Média. . Inicialmente, tornou-se indispensável consolidar o processo de repovoamento das terras a sul do Douro.

Posteriormente, converteu-se numa encruzilhada de caminhos e de vias pecuárias por onde circulavam arrieros, trajinantes e pastores transhumantes. Nele confluíam os rebanhos dos Cordeles de Amatos, Arca de los Frailes, Ciudad Rodrigo e Torrejón, Las Veredas de Ejeme, Pedrosillo e Salamanca.

Em sua margem esquerda se encontrava o felato, uma pequena construção que se utilizava como controle de passagem; no meio há uma rampa, denominada a "Quebrada" que servia de contraforte e como acesso para lavar a roupa e abevar o gado desde a Ilha do Alcázar, Desaparecida com a construção do Azud de Villagonzalo.

A antiga ponte consistia de 26 arcos, cada um diferente. Desde a sua construção sofreu a passagem da agitada história albense: nos séculos XVII e XVIII produziram-se em diversos momentos transbordamentos causados pelas abundantes chuvas que obrigaram à sua restauração.

Na Guerra da Independência, a Ponte tornou-se um lugar estratégico, tanto em 28 de novembro de 1809 na Batalha de Alba de Tormes como na retirada dos franceses após a Batalha de Arapiles em julho de 1812 ou a retirada dos britânicos em 14 de novembro de 1812 que terminou com a explosão de um arco deste. 

Na atualidade, o majestoso Ponte Medieval, com seus 23 arcos, continua sendo testemunha da história da Vila Ducal.